
Remoção Segura de Amálgama
Método SMART




A remoção segura de amálgama tem ganhado cada vez mais importância entre os dentistas, que almejam proporcionar soluções mais completas e seguras aos seus pacientes. Isso ocorre principalmente devido à presença de mercúrio no amálgama, um metal nocivo que pode ser liberado em atividades diárias como escovar os dentes, beber líquidos quentes ou mesmo mastigar alimentos.
Ao longo do tempo, a exposição constante a este metal pode acarretar graves perigos para a saúde. Por essa razão, vários especialistas têm sugerido a troca por materiais mais seguros.
Neste texto, te esclareço as dúvidas mais relevantes com relação a esse tratamento. Prossiga com a leitura e veja!
O que é amálgama dental?
É uma combinação de metais composta pela prata, cobre e estanho, junto com um dos mais tóxicos dos metais pesados - o mercúrio, que é um metal líquido, nas condições normais, e que representa aproximadamente 50% da composição da liga.
É o mesmo componente presente em antigos termômetros e lâmpadas fluorescentes. É nocivo tanto para a nossa saúde quanto para a natureza. Trata-se do mesmo composto anteriormente encontrado no Methiolate antisséptico para feridas, que foi substituído pela Clorexidina, segundo determinação da Anvisa.
O uso de mercúrio na odontologia era "aceitável", pois era o recurso disponível para restaurar dentes cariados. No entanto, com a retirada no mundo do mercúrio e a melhoria nas resinas para restaurações, dentárias, não se utiliza mas o amálgama, e nem deve ser conservado na boca.
Por que a técnica de amálgama não pode ser mais utilizada?
A liga de amálgama foi banida e tem como principais desvantagens como restauração dentária a intoxicação por mercúrio, a formação de correntes galvânicas e a transferência do esforço mastigatório para regiões mais profundas do dente, com alta ocorrência de trincas ou fraturas do dente, levando à extração. É também um agente poluente que impacta a vida animal e vegetal quando liberado no meio ambiente.
O Tratado Internacional da Convenção de Minamata, foi estabelecido em 2013 com o objetivo de diminuir globalmente a utilização de metal.
A partir de janeiro de 2019, a ANVISA restringiu o uso em serviços de saúde no Brasil. Isso incentivou a procura por opções mais confiáveis, como as resinas compostas.
Como o mercúrio dos amálgamas se infiltra no organismo?
As restaurações liberam constantemente o mercúrio no organismo, através da mastigação, escovação, consumo de bebidas em temperaturas elevadas, entre outras circunstâncias. Essa liberação pode ser na forma líquida ou gasosa, sendo absorvida facilmente pelo organismo, causando problemas neurológicos.
A intoxicação por mercúrio - em níveis altos - provoca muitas desordens à saúde emocional e física, como por exemplo:
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Fraqueza e cansaço frequente
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Perda de apetite
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Insônia
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Irritabilidade
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Perda de memória
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Ansiedade
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Depressão
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Úlcera no estômago ou no duodeno
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Alteração do funcionamento dos rins
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Dentes fracos e quebradiços
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Irritação e inchaço na pele quando há contato direto com o mercúrio
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Danos no sistema nervoso central
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Problemas no sistema imunológico, hematológico e cardiovascular
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Malformações fetais e morte do bebê em mulheres grávidas
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Doenças como Parkinson, Alzheimer, Acrodinia, Síndrome de Hunter-Russel e Doença de Minamata
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Entre outras ...
Que materiais podem substituir as ligas de amálgamas em restauração?
Existem diversos materiais biocompatíveis, como as resinas livres de BPA para substituir os tecidos dentários perdidos. Estes se assemelham bastante às características dos dentes naturais. Assim, eles substituem os amálgamas com uma notável superioridade, seja em segurança, funcionalidade, resistência ou estética.
Como é feita a Remoção Segura de amálgama?
A técnica de Remoção Segura de Amálgama de Mercúrio (SMART)
é uma iniciativa internacional de criação de um protocolo para troca dessas restaurações por restaurações de resina ou porcelana.
Entender o processo de eliminação das restaurações antigas ressalta ainda mais a seriedade de ter esse metal em suas restaurações. Basicamente, o dentista biológico necessita desgastar a estrutura com a broca de alta rotação, que gera calor por meio do atrito na liga. Este calor transforma o mercúrio da liga em vapor, permitindo que o paciente inale. Partes desse composto tóxico que se soltam na boca são facilmente absorvidas.
Na remoção segura de amálgama, o dentista biológico faz o isolamento total do campo operatório. O dente a ser restaurado é isolado do restante da boca com um lençol de borracha para prevenir a deglutição de fragmentos. O paciente está envolto em um campo cirúrgico e usa uma máscara de oxigênio medicinal. Ainda é possível utilizar sugadores de alta potência; exaustores posicionados de maneira estratégica para melhorar a circulação do ar no ambiente, máscaras com filtros específicos para vapores de mercúrio, jalecos descartáveis e outras ações de proteção. É também feito um monitoramento constante dos níveis de mercúrio no sangue e na urina.
O descarte após a remoção também precisa ser realizado de forma técnica. É crucial garantir que o mercúrio não seja introduzido no esgoto e prejudique o meio ambiente, devido ao seu alto potencial de contaminação. Portanto, todos os materiais utilizados no processo são encaminhados para entidades autorizadas pela Vigilância Sanitária, devidamente preparadas para recebê-los e sepultá-los.
Utilizando as evidências científicas disponíveis, a Academia Internacional de Medicina Oral e Toxicologia (IAOMT) desenvolveu um protocolo para direcionar a segurança no procedimento de remoção das restaurações.
As recomendações da IAOMT se baseiam em procedimentos que visam
a proteção do paciente, da equipe profissional odontológica e do meio ambiente.
Entre outras, o protocolo recomenda:
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Uso de separador de amálgama, para guarda e descarte seguro.
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A sala deve ter dispositivos de sucção e filtragem para o mercúrio.
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As janelas devem ser abertas no momento do procedimento.
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O paciente receberá uma pasta de carvão, clorela ou adsorvente semelhante para enxaguar e engolir antes do procedimento.
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Batas e capas protetoras para o dentista e equipe odontológica e o paciente devem ser utilizadas.
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Os protetores faciais e de cabelo/cabeça devem ser utilizados pelo dentista e equipe.
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Máscara de grau respiratório devidamente selada, com filtro para mercúrio, deve ser usada pelo dentista e equipe odontológica da sala.
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O ar externo ou o oxigênio fornecido através de uma máscara nasal para o paciente precisa ser utilizado.
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O isolamento absoluto do dente através de lençol de borracha o nitrilo deve ser utilizado na boca do paciente, evitando contaminação da boca do paciente.
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Sucção de saliva deve ser utilizado e uma segunda sucção dos resíduos da restauração e dos vapores de mercúrio deve ser utilizado.
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Na alta rotação utilizar brocas pequenas e novas de bom corte, além de um fluxo alto de água para refrigeração do procedimento, cortando em pedaços a restauração e reduzindo a volatilização de mercúrio.
Realize a remoção segura de amálgama no Consultório Bio Odontologia
No Consultório Bio Odontologia, o procedimento de remoção segura de amálgama é feito com excelência, seguindo o protocolo internacional SMART para reduzir qualquer perigo de exposição ao mercúrio. Empregamos os métodos de isolamento absoluto, proteção ao paciente e ao profissional, aspiração de potência elevada e ventilação apropriada, alta refrigeração da broca para minimizar a emissão de vapores e partículas durante o processo, entre outros já descritos acima.
Caso ainda tenha restaurações de amálgama, recentes ou antigas, venha substituí-las de forma segura por materiais biocompatíveis,
No consultório Bio Odontologia utilizamos resinas livres de BPA.
Escolha ser saudável, unindo o aprimoramento da estética bucal, com
a satisfação de viver com qualidade de vida.
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